EGITO (20º) - Ao desembarcar no Aeroporto
Internacional de Guarulhos, em Cumbica, na região metropolitana de São Paulo,
na madrugada desta sexta-feira (27), o guia turístico brasileiro detido no
Cairo, capital do Egito, disse que teve medo de ser torturado. Ele foi deportado
para o Brasil na quinta-feira (26). Dagnaldo Pinheiro Gomes foi detido depois
de ser acusado de promover atividades religiosas.
"Tive medo de sair dali e ir para um lugar de
tortura. Estava com prisioneiros que já tinham sido torturados. Eles sempre
falavam: você pode ser torturado se a sua embaixada não lhe encontrar
rápido", afirmou Dagnaldo.
Ele disse que comia uma vez por dia, mas negou ter sido vítima de maus tratos. "Tinha direito a um pouco de comida uma vez por dia. Às vezes pedia água e eles não me davam, mas isso eu até entendo porque esse é o mês de jejum deles", declarou referindo-se ao Ramadã.
Ele disse que comia uma vez por dia, mas negou ter sido vítima de maus tratos. "Tinha direito a um pouco de comida uma vez por dia. Às vezes pedia água e eles não me davam, mas isso eu até entendo porque esse é o mês de jejum deles", declarou referindo-se ao Ramadã.
Dagnaldo afirmou ainda que o material religioso que
foi encontrado no seu carro estava em árabe. Porém, ele negou que fazia
promoção de sua religião, o que é proibido no Egito. "No meu carro tinha
um material cristão. Essa foi a acusação [para me prender]. É um material que
qualquer cristão pode ter", disse o guia, que morou por mais de sete anos
no país. Ele foi informado por autoridades locais de que ele não pode voltar ao
Egito.
Na terça-feira (24), o Itamaraty informou que o brasileiro havia sido detido com outras duas brasileiras, que já foram liberadas.
Leia o caso.
Na terça-feira (24), o Itamaraty informou que o brasileiro havia sido detido com outras duas brasileiras, que já foram liberadas.
Leia o caso.